Dono da Samcil se mata pela falta de
Administração Financeira
O empresário Luiz Roberto Silveira Pinto, fundador e presidente da Samcil, foi encontrado morto, no escritório dele, localizado no Hospital Panamericano, no Alto de Pinheiros, em São Paulo. Luiz Roberto que acabara de completar 74 anos, praticou suicídio – informação confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. O motivo mais aparente é a crise financeira enfrentada por sua empresa de medicina de grupo – a mais antiga do País, com 50 anos completados em 2010. A Samcil, que já teve 700 mil segurados, hoje administra cerca de 300 mil planos de saúde. Surgida em Santo André, na Região do ABC Paulista, a Samcil sempre foi voltada ao público de menor poder aquisitivo. Tinha, portanto, condições para estar navegando de vento em popa com os ganhos de renda obtidos pelas classes D e E ao longo da última década. Sua gestão, no entanto, é arcaica. Os números da Samcil vinham se deteriorando aceleradamente. A empresa, que chegou a contabilizar 730 mil usuários de seus planos, há quatro anos, perdeu cerca de 100 mil só em 2009, quando sua carteira encolheu, na ponta do lápis, de 602 mil para 510 mil – em boa parte, segundo a própria administradoras, por conta dos efeitos da crise financeira internacional. Para piorar a situação, a perda de receitas e usuários ocorreu justamente em um período marcado por grandes investimentos. Em 2004, por exemplo, a Samcil comprou o Hospital Brasil, que em 2007 foi reinagurado, depois de receber investimentos de R$ 20 milhões, com o nome de Hospital e Maternidade Guarulhos. Naquele mesmo ano, outros R$ 52 milhões foram gastos na aquisição de três planos de saúde, Lumina, Sim e AMA.
Luiz Roberto Silveira Pinto, que demitiu a diretoria em meados do ano passado e reassumiu o controle da operação até a chegada, estava em busca de uma uma salvação. Ele pretendia vender três dos seis hospitais do grupo – o Santa Marta, em São Paulo, o Jardins e o Santo André, ambos no ABC. Assim, poderia arrecadar R$ 130 milhões, mais do que o suficiente para saldar as dívidas da empresa, estimadas em R$ 70 milhões, e injetar algum gás no negócio. Não conseguiu e caiu em depressão e desespero.Aprenda a cuidar da Gestão Financeira do seu negócio clique aqui.
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